A APQuímica é a associação de referência do Setor Químico, cujo volume de vendas anual é perto de 5 mil milhões de euros e que contribui fortemente para o conjunto das exportações do grupo “químicos” que representa cerca 12 % do total das exportações nacionais

A sua constituição atual resulta da fusão efetuada em 2018 entre a APEQ, associação empresarial cujas origens remontam a um grémio criado em 1963, e a AIPQR, entidade gestora do cluster que agrupa a Refinação de Petróleo, a Química e a Petroquimica.

Com esta fusão, às missões da antiga APEQ – defender os legítimos interesses dos seus associados, contribuir para a evolução sustentável das suas atividades e promover a melhoria contínua das suas práticas, – juntou-se a responsabilidade de gerir o desenvolvimento de um cluster, com reconhecimento confirmado em 2017, que agrupa cadeias de valor que vão da refinação do petróleo às especialidades químicas e aos produtos precursores da indústria farmacêutica.

O desenvolvimento de um cluster industrial implica agrupar entidades de natureza diferente num esforço comum que leve à melhoria da competitividade da respetiva atividade industrial, condição necessária à expansão da sua capacidade produtiva e das suas vendas nos mercados nacionais e internacionais. Essas entidades devem contribuir para a melhoria dos conhecimentos aplicados (Universidades, dos centros de investigação, start-ups tecnológicas) das condições de logística (administrações portuárias), das relações com as comunidades locais (autarquias) e do acesso a serviços externos (empresas prestadoras de serviços). É também importante conseguir uma boa articulação com PMEs, quer as posicionadas ao longo das cadeias de valor, quer as prestadoras de serviços.

Assim, entre os atuais mais de 60 associados da APQuímica encontram-se, para além de 39 empresas industriais, 5 das principais Universidades Portuguesas, 2 Câmaras Municipais, 3 Administrações de Portos e diversas start ups.

Para agregar este tipo diferenciado de entidades é necessário que os estatutos prevejam diferentes tipos de associados, com diferentes níveis de responsabilidades associativas e diferentes poderes de intervenção no governo da Associação.

Dentro das atividades de dinamização do cluster, apoiadas financeiramente pelo COMPETE no ciclo 2017/2020, há a registar um conjunto de estudos de diversa natureza, que se encontram atualmente em diversas fases de execução. Citam-se, em estado mais adiantado, o estudo sociológico sobre a perceção das comunidades locais em relação aos complexos industriais de Estarreja e Sines, o estudo das cadeias de valor das especialidades químicas e respetivas oportunidades de negócio em Portugal, e, em estado de lançamento, um estudo sobre oportunidades de melhorias de ecoeficiência relacionadas com as recentes alterações legislativas envolvendo auto produção /consumo de energia elétrica, e um estudo sobre os constrangimentos logísticos que afetam a Indústria Química em Portugal

Em relação a perspetivas futuras, refere-se o “Pacto para a Competitividade” assinado em Setembro passado entre a APQuímica e o Ministério da Economia. Este documento prevê a realização nos próximos anos de um conjunto importante de medidas integradas em 7 eixos estratégicos que respondem aos diversos desafios postos atualmente à indústria Nacional e Europeia.