O inquérito CIP/ISCTE — “Sinais Vitais” — relativo à atividade económica registada em abril confirmou os efeitos positivos provocados pelo fim do confinamento e a abertura progressiva do comércio de rua. Depois de quase três meses de intensa pressão sobre as empresas, o retomar da atividade traduziu-se numa melhoria das expectativas dos empresários. Mais negócios a funcionar e melhores expectativas de vendas permitiram a inversão do ciclo negativo que se instalara com mais força em janeiro.

No entanto, a CIP nota que a recuperação está a ser feita de maneira desigual. “Há diferenças entre médias/grandes empresas e as micro/pequenas: o nosso tecido empresarial não é homogéneo e, por isso, a resposta à crise também não o está a ser. A nossa recuperação, sabemo-lo hoje, não é em V ou em W, está a ser em K. Ou seja, algumas empresas e algumas regiões recuperam depressa e outras sentem grandes dificuldades”, diz Armindo Monteiro, vice-presidente da CIP.

Quanto à recuperação para os níveis anteriores à pandemia, um quarto das empresas (24%) considera que a recuperação acontecerá até ao final deste ano, o que representa uma melhoria face aos apenas 10% das respostas registadas no mês anterior. Para que as melhores expectativas se confirmem, avisou Armindo Monteiro, são necessárias políticas públicas à altura das circunstâncias. Até agora, foi possível segurar o emprego, tem sido feito um esforço nesse sentido, mas é preciso manter o foco e os incentivos certos.

Os resultados do inquérito foram apresentados a 18 de maio e podem ser consultados aqui.

A conferência de imprensa de apresentação de resultados está disponível em https://fb.watch/5zhCio9P3K/