A taxa de inflação tem vindo a aumentar de forma significativa e levanta muitas preocupações na Europa e em Portugal. Também no setor da saúde as empresas têm vindo a confrontar-se com sistemático acréscimo de custos.
O INE acaba de publicar os dados mais recentes da inflação e reporta que “A variação homóloga do IPC foi 3,3% em janeiro de 2022 (0,6 p.p. acima da registada no mês anterior), registando a taxa mais elevada desde fevereiro de 2012.” (negrito nosso).
É do conhecimento de todos que as empresas têm estado sujeitas a aumentos muito significativos e generalizados dos seus custos, tal como decorre do encarecimento brutal da energia (combustíveis, gás e eletricidade) e do aumento dos salários mas também de outros fatores mais diretamente relacionados com a pandemia, como por exemplo os equipamentos de proteção individual e consumíveis diversos e ainda os impactos decorrentes dos transtornos nas cadeias de abastecimento.
As atividades da Saúde não estão imunes a estes fenómenos de inflação mas, antes pelo contrário, em alguns casos estão exatamente na primeira linha dos impactos, no setor que, por sua vez é muito regulado.
Nestas circunstâncias, o Conselho Estratégico Nacional de Saúde da Saúde da CIP manifesta a sua preocupação pela continuada subida do preço dos fatores de produção e alerta para a necessidade de manter condições de funcionamento das empresas que não ponham em causa o regular abastecimento e provisão de bens de saúde nem as condições de sustentabilidade dos operadores.