A CIP apresentou no dia 18 de julho, em conferência de imprensa, os resultados do inquérito Sinais Vitais feito no início de julho às empresas em Portugal sobre a sua situação atual e as expectativas que têm para este ano, mas também sobre a avaliação que fazem das medidas definidas para combater a pandemia de covid-19.

As principais conclusões do inquérito foram as seguintes:

  • A grande maioria dos empresários e gestores (84%) consideram que os programas de apoio estão aquém (ou muito aquém) das necessidades;
  • A opinião sobre a carga burocrática nos apoios é de que é excessiva, havendo 77% dos respondentes a considerarem o processo muito burocrático ou burocrático;
  • A perspetiva do impacto do PRR continua a ser muito reduzida, uma vez que apenas 9% consideram que terá um impacto significativo ou muito significativo na sua atividade;
  • Ainda em relação aos programas de apoio, verifica-se que entre as empresas que afirmaram não se terem candidatado a estes programas (78% do total), tal deve-se, em 41% dos casos, a uma perceção por parte dos empresários de que as suas empresas não preenchem as condições de elegibilidade;
  • Um dado positivo foi o facto de 45% das empresas registarem um crescimento das suas vendas no segundo trimestre de 2022, comparativamente ao mesmo período de 2019;
  • Cerca de 56% das empresas registou um aumento superior a 15% nos seus custos operacionais (matérias-primas, energia, mão de obra, transportes) em junho de 2022, relativamente a janeiro de 2022;
  • Em termos médios, a maioria das empresas (46%) referiu que repercutiu moderadamente, ou seja, menos de metade do aumento dos custos operacionais sofridos, nos preços de venda. Apenas 7% das empresas, em média, referiu que repercutiu integralmente o aumento dos custos nos seus preços de venda e cerca de 25% não efetuou qualquer aumento de preços;
  • Os 2 principais constrangimentos referidos pelas empresas respondentes, decorrentes da atual situação económica, foram o aumento dos custos de produção (86%) e a escassez de mão de obra (40%);
  • De forma geral, as encomendas em carteira registaram um ligeiro crescimento face à situação anterior à crise; foram mais as empresas que reportaram um aumento (26%) do que as que registaram uma diminuição (24%);
  • As expetativas de vendas das empresas respondentes no 3º trimestre de 2022 é positiva face ao mesmo período de 2019 (com 38% a esperarem um aumento, versus 24% das empresas a esperarem uma diminuição).
  • A maioria das empresas (70%) aponta para uma manutenção dos postos de trabalho no 3º trimestre, sendo que 21% preveem inclusivamente aumentar o seu quadro de pessoal, contra apenas 9% que tencionam diminuir.
  • Em termos de investimento em 2022, face a 2019, existem mais empresas a considerar aumentar (31%) do que a diminuir (23 %).

Aceda às conclusões finais do inquérito aqui e assista à conferência de imprensa aqui.

Este inquérito integra a terceira fase do Projeto Sinais Vitais, desenvolvido pela CIP, através das associações que a integram, em conjunto com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, com o objetivo de recolher informação atualizada sobre a posição dos responsáveis pelas empresas portuguesas e sobre o impacto que diferentes situações têm nestas, no quadro da situação de exceção provocada pela pandemia de covid-19.

POISE PT2020 FSE Bom