A CIP apresentou no dia 17 de janeiro, em conferência de imprensa, os resultados do inquérito Sinais Vitais feito no início do mês às empresas em Portugal sobre a sua situação atual e as expectativas que têm para este ano, mas também sobre a avaliação que fazem das medidas definidas para combater a pandemia de covid-19.

As principais conclusões do inquérito foram as seguintes:

  • A grande maioria dos empresários e gestores (84%) consideram que os programas de apoio estão aquém (ou muito aquém) das necessidades;
  • A opinião sobre a carga burocrática nos apoios é de que é excessiva, havendo 71% dos respondentes a considerarem o processo muito burocrático ou burocrático;
  • A perspetiva do impacto do PRR continua a ser muito reduzida, uma vez que apenas 12% consideram que terá um impacto significativo ou muito significativo na sua atividade;
  • Ainda em relação aos programas de apoio, verifica-se que entre as empresas que afirmaram não se terem candidatado a estes programas (64% do total), tal deve-se, em 43% dos casos, a uma perceção por parte dos empresários de que as suas empresas não preenchem as condições de elegibilidade;
  • A percentagem de empresas respondentes que afirmaram estar em pleno funcionamento permanece acima do 90%, mantendo-se igualmente as parcialmente encerradas em redor dos 7%;
  • No que diz respeito ao teletrabalho, a maioria (54%) respondeu não ter ninguém a trabalhar nesse formato de trabalho. 36% estão parcialmente nesse regime e apenas em 10% a totalidade dos trabalhadores se encontra nessa condição;
  • Um dado positivo foi o facto de 40% das empresas registarem um crescimento das suas vendas no último trimestre de 2021 comparativamente ao mesmo período de 2019. O número de empresas que registou uma diminuição de vendas no último trimestre de 2021 face a 2019 reduziu-se para 34%. Estas empresas diminuíram, em média, cerca de 1/3 as suas vendas no período em análise;
  • No que diz respeito às encomendas em carteira, a situação encontra-se estável, o número de empresas que registam uma diminuição de encomendas é idêntico ao das empresas que registam um aumento;
  • Em termos de previsão de vendas até final do 1º trimestre de 2022, face ao mesmo período de 2020, verifica-se uma perspetiva positiva: cerca de 43% das empresas preveem um crescimento das suas vendas neste início de ano. Esta percentagem é maior entre as médias (68%) e as grandes empresas (50%). Menos de um quarto das empresas esperam uma diminuição do seu volume de negócios neste 1º trimestre de 2022;
  • A maioria das empresas (69%) aponta para uma manutenção dos postos de trabalho, mas 24% preveem aumentar o seu quadro de pessoal. Estes resultados refletem uma perspetiva mais favorável do que a que se verificava em novembro de 2021, quando apenas 12% das empresas previa um aumento do quadro de pessoal;
  • 30% das empresas pensam investir, em 2022, mais do que em 2019, contra 21% que preveem reduzir o seu investimento.

Aceda às conclusões finais do inquérito aqui e assista à conferência de imprensa aqui.

Este inquérito integra a terceira fase do Projeto Sinais Vitais, desenvolvido pela CIP, através das associações que a integram, em conjunto com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, com o objetivo de recolher informação atualizada sobre a posição dos responsáveis pelas empresas portuguesas e sobre o impacto que diferentes situações têm nestas, no quadro da situação de exceção provocada pela pandemia de covid-19.

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