Com a atual situação de estagnação da economia e sob o impacto da quebra do crescimento nos principais clientes externos, dos efeitos da inflação e da política monetária restritiva, as projeções de crescimento económico foram revistas em baixa.
Já está disponível aqui a publicação trimestral de análise de conjuntura Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao terceiro trimestre de 2023, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.
Nesta edição realçamos:
- Os novos aumentos na taxa de juro referência do Banco Central Europeu, com a taxa central a passar para 4,5%
- A apresentação da Proposta de Orçamento do Estado para 2024, com a previsão de um novo excedente de 0,2% do PIB e um aumento da carga fiscal sobre a economia de 0,2 p.p. em relação a 2023.
- A estagnação em cadeia da economia no terceiro trimestre, em consequência da diminuição das exportações.
- A estabilidade do indicador coincidente do Banco de Portugal para a evolução homóloga tendencial da atividade no terceiro trimestre.
- Os dados mais prospetivos do indicador de clima do INE, que apontam para uma ligeira diminuição do dinamismo da atividade económica nos próximos meses.
- A revisão em baixa das projeções de crescimento económico, na sequência dos resultados do segundo trimestre e sob o impacto de fatores como a quebra do crescimento económico nos principais clientes externos, os efeitos da inflação e a política monetária restritiva.
- A subida de 18,3% do número de empresas com processos de insolvência, nos primeiros nove meses do ano.
- O forte abrandamento da dinâmica comercial com o exterior, com a rubrica de “Viagens e turismo” a aumentar o seu peso no total das exportações de bens e serviços.
- A continuação da subida das taxas Euribor e das taxas de juro a sociedades não financeiras, no terceiro trimestre do ano, refletindo a subida muito rápida das taxas diretoras do BCE.
- A quebra dos empréstimos bancários às sociedades não financeiras e do crédito concedido aos particulares para habitação.
- O aumento simultâneo, em termos homólogos, do emprego e do desemprego, no segundo trimestre (com redução da população inativa).
- Os sinais mais positivos dados pelas estimativas mensais do mercado do trabalho do INE relativas a agosto, com a taxa de desemprego e a taxa de subutilização do trabalho a reduzirem-se, respetivamente, para 6,2% e 11,5%.
- O aumento em cadeia do índice de preços da energia, após as baixas em três trimestres consecutivos, em resultado do aumento de 11,0% no barril de brent.
- A interrupção, no terceiro trimestre, da trajetória descendente da inflação.
- A depreciação do euro face ao dólar, após três trimestres consecutivos a apreciar.
- A ligeira melhoria, no segundo trimestre, do indicador de competitividade-custo da economia nacional face aos 37 principais parceiros.
- A forte recuperação da balança corrente e de capital, que registou um excedente de 5142 milhões de euros nos primeiros oito meses de 2023.
- O excedente orçamental de 1,1% do PIB registado no primeiro semestre do ano, prevendo-se para o cômputo do ano um saldo positivo de 0,8% do PIB.