Os indicadores mais recentes apontam para o regresso à tendência de recuperação no segundo trimestre, com a subida dos indicadores de confiança dos consumidores e das empresas, mas em julho há sinais de abrandamento. A resiliência do investimento e a recuperação das exportações de mercadorias são sinais positivos a valorizar, mas a incerteza persiste.

Já está disponível aqui a publicação trimestral de análise de conjuntura Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao segundo trimestre de 2021, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.

Nesta edição realçamos:

  • A aprovação, pelo Conselho Europeu, dos primeiros 12 Planos de Recuperação e Resiliência que que tiveram a luz verde da Comissão Europeia, incluindo o de Portugal.
  • A criação do Fundo de Capitalização e Resiliência e o estabelecimento do enquadramento legislativo para o final das moratórias bancárias aprovadas em 2020, bem como a apresentação de novas medidas para a recuperação económica e capitalização empresarial.
  • A queda de 3,3% em cadeia do PIB no primeiro trimestre, devido ao segundo confinamento geral.
  • A retoma de valores positivos e crescentes do Indicador de Clima do INE, nos meses de abril a junho, apontando para uma recuperação homóloga do PIB no segundo trimestre.
  • As previsões de crescimento do PIB de Portugal divulgadas em julho pela Comissão Europeia, que se mantiveram inalteradas em 3,9% para 2021 e 5,1% para 2022, valores bastante menos otimistas do que os números de junho do Banco de Portugal (4,8% e 5,6%, respetivamente).
  • A recuperação das exportações de bens, no período de janeiro a maio, aumentando 24,7% face a 2020 e 1,8% face a 2019.
  • O recuo das exportações de serviços, no mesmo período, em 29,1% face a 2020 e em 40,9% face a 2019, para o que contribuiu, sobretudo, a evolução muito negativa nas viagens e turismo.
  • O abrandamento do stock de crédito às Sociedades não financeiras nos primeiros meses do ano.
  • A descida (face aos 7,3% do trimestre anterior) da taxa de desemprego no primeiro trimestre, para 7,1% (valores ajustados à metodologia da nova série).
  • Os desenvolvimentos mais recentes, em termos mensais, no mercado de trabalho, com aumentos do emprego, tanto em cadeia como em termos homólogos, mas também do número de desempregados.
  • A continuação da subida dos índices de preços das matérias-primas, no segundo trimestre, a refletir a perspetiva de recuperação económica em face do avanço da vacinação. O índice de energia e o de metais de base registaram (ambos) uma valorização trimestral de 12,9%.
  • O regresso da taxa de inflação homóloga de Portugal a um valor negativo no segundo trimestre (-0,1%), tendo-se observado um aumento do diferencial negativo face à Área Euro, onde a inflação subiu para 1,8%.
  • A estabilização da cotação média do euro face ao dólar no segundo trimestre.
  • A continuação, embora de forma menos acentuada, da deterioração do indicador de competitividade-custo da economia nacional face aos 37 principais parceiros.
  • A subida do rácio de dívida pública bruta no PIB de 133,6% no final do quarto trimestre de 2020 para 137,2% no final do primeiro trimestre de 2021, embora com uma atenuação do défice orçamental de 7,4% para 5,7% do PIB.