Após a contração da economia no terceiro trimestre, registam-se sinais de melhoria, mas a recuperação só deverá ocorrer de forma muito gradual e está sujeita a riscos significativos de origem externa e interna.

Já está disponível aqui a publicação trimestral Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao quarto trimestre de 2023, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.

Nesta edição realçamos:

  • No enquadramento internacional, a manutenção das taxas de juro diretoras dos principais bancos centrais.
  • No enquadramento nacional, a aprovação do Orçamento do Estado para 2024 e a situação política decorrente da demissão do primeiro-ministro e da convocação de eleições legislativas para 10 de março.
  • A contração do PIB em cadeia no terceiro trimestre (de 0,2%), apesar de alguma recuperação da procura interna, refletindo o contributo negativo da procura externa líquida.
  • A desaceleração observada no indicador coincidente do Banco de Portugal para a evolução homóloga tendencial da atividade e no indicador análogo do consumo privado.
  • A melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores, do comércio e dos serviços, com sinais de alguma recuperação da atividade económica nos próximos meses.
  • As projeções de dezembro do Banco de Portugal, que mantêm as perspetivas de crescimento económico em 2023 (2,1%), revendo-as em baixa para 2024 (de 1,5% para 1,2%) e em alta para 2025 (de 2,1%, para 2,2%).
  • As previsões para a trajetória descendente da inflação, que deverá prosseguir, reduzindo-se de 5,3% em 2023 para 2,9% em 2024 e para 2% até ao final do horizonte de projeção.
  • A subida de 17,7% do número de empresas com processos de insolvência em 2023.
  • O forte abrandamento da dinâmica comercial com o exterior, ao longo dos primeiros 11 meses de 2023, com a rubrica de “Viagens e turismo” a aumentar o seu peso no total das exportações de bens e serviços.
  • O movimento descendente registado em novembro e dezembro nas taxas Euribor a 6 e 12 meses, bem como da yield portuguesa a 10 anos, após os máximos observados em outubro.
  • A estabilização, em novembro, das taxas de juro a sociedades não financeiras.
  • A diminuição do crédito concedido aos particulares para habitação e às sociedades não financeiras públicas.
  • O aumento do peso do recurso ao capital próprio na estrutura de financiamento das empresas, no segundo semestre de 2023.
  • O aumento simultâneo, em termos homólogos, do emprego e do desemprego, no terceiro trimestre (com redução da população inativa).
  • A estabilização da taxa de desemprego em novembro, pelo terceiro mês consecutivo, em 6,6%.
  • A continuação da trajetória descendente da inflação.
  • A degradação do indicador de competitividade-custo da economia nacional face aos 37 principais parceiros no terceiro trimestre de 2023, refletindo a apreciação nominal do euro.
  • A forte recuperação da balança corrente e de capital, que registou um excedente de 7537 milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2023.
  • O excedente orçamental de 3,3% do PIB registado nos primeiros nove meses do ano.

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