No programa Da Capa à Contracapa, da Rádio Renascença em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, discutiu-se esta semana o estudo  «O Financiamento das PME portuguesas: a crise e a recuperação entre 2008 e 2018». Com a moderação do jornalista José Pedro Frazão, os convidados para o debate foram Diana Bonfim, do Banco de Portugal e uma das autoras do estudo, e Óscar Gaspar, Vice-Presidente da CIP.

Partindo do dado objetivo que o financiamento das PME assenta no crédito bancário e que instrumentos como o PME Lider/Excelência são importantes e têm impacto (em termos de acesso e reputação), falou-se do processo de desalavancagem acelerada nos tempos da troika, da reduzida dimensão das empresas em Portugal e das falhas de mercado no financiamento.

Óscar Gaspar teve oportunidade de salientar que fica provado que as políticas públicas são importantes para aumentar a competitividade do país e não discriminar as empresas portuguesas face ao apoio que outras empresas europeias têm. Nesse sentido, a CIP tem apresentado um conjunto de prioridades que passam por dar prioridade ao crescimento e que incluem a plena aplicação do Programa Capitalizar, o funcionamento do Banco de Fomento, a agilização dos licenciamento e o combate aos diversos custos de contextos. O PRR não pode ser uma oportunidade perdida para a modernização do país e por isso se defende que também o PT2030 seja vocacionado para estimular o investimento produtivo e as empresas.

Foi também invocada a importância de um acordo de competitividade e rendimentos no âmbito da concertação social porque só o crescimento da competitividade permitirá que o país cresça de forma sustentável e que os trabalhadores portugueses tenham os seus salários valorizados.

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