As perspetivas para 2024 foram revistas em alta, mas revelam ainda um elevado nível de incerteza e alguns dados evidenciam relevantes fragilidades.

Já está disponível aqui a publicação trimestral Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao primeiro trimestre de 2024, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.

Nesta edição realçamos:

  • No enquadramento internacional, a manutenção das taxas de juro diretoras dos principais bancos centrais, com a expectativa de que o Banco Central Europeu efetue os primeiros cortes em junho de 2024, embora as questões geopolíticas possam ser um entrave a uma política monetária mais expansionista.
  • A estagnação do PIB da área do euro e da União Europeia, em cadeia, no quarto trimestre de 2023.
  • No enquadramento nacional, a apresentação do Programa do Governo na Assembleia da República.
  • O aumento do número de estabelecimentos a recorrer ao lay-off, que atingiu máximos de 12 meses.
  • O crescimento homólogo do PIB em 2,1%, no quarto trimestre (após um aumento de 1,9% no trimestre anterior), refletindo o contributo da procura interna e o desagravamento do contributo da procura externa líquida (que passou de negativo a nulo).
  • Os dados do indicador de clima do INE, que apontam para uma melhoria do dinamismo da atividade económica nos próximos meses, com o contributo dos indicadores de confiança dos consumidores, do comércio e dos serviços.
  • As projeções de março do Banco de Portugal, que reveem em alta as projeções de crescimento económico, face às de dezembro (de 1,2% para 2,0% em 2024 e de 2,2% para 2,3% em 2025).
  • A previsão da diminuição da inflação para 2,4%, em 2024, apesar de efeitos temporários sobre os preços dos bens alimentares e energéticos ao longo do ano.
  • A continuação da subida do número de empresas com processos de insolvência no primeiro trimestre de 2024, embora a um ritmo mais atenuado.
  • O aumento de 1,4% das exportações de bens nos dois primeiros meses de 2024 e o excedente registado, nesse período, na balança de bens e serviços.
  • O forte aumento da posição de investimento direto líquido registado em 2023.
  • A interrupção do movimento descendente das taxas Euribor e a estabilização das taxas de juro no mercado secundário de dívida pública e das taxas de juro a sociedades não financeiras.
  • A atenuação das quedas verificadas nos trimestres anteriores no stock de empréstimos bancários às sociedades não financeiras.
  • A continuação do aumento simultâneo, em termos homólogos, do emprego e do desemprego, no quarto trimestre (com redução da população inativa).
  • O ligeiro aumento, em fevereiro, da taxa de desemprego, para 6,7%.
  • A interrupção, no primeiro trimestre, da trajetória descendente da inflação.
  • A continuação da degradação do indicador de competitividade-custo da economia nacional face aos 37 principais parceiros, no quarto trimestre de 2023, refletindo a apreciação nominal do euro.
  • A forte melhoria da balança corrente e de capital, com um excedente de 7243 milhões de euros em 2023, e de 1572 milhões de euros nos dois primeiros meses de 2024.
  • O excedente orçamental de 1,2% do PIB observado em 2023 e a descida da dívida pública, para 99,1% do PIB.

PDQI CIP DATA