Por ocasião da realização da Cimeira Luso-Espanhola, as confederações empresariais de Portugal e Espanha alertam também para a necessidade de desenvolvimento das áreas transfronteiriças entre os dois países.

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal e a Confederación Española de Organizaciones Empresariales (CEOE) reafirmaram hoje o seu compromisso com o processo de recuperação económica na Europa e, no dia em que se realiza a 31ª Cimeira Luso-Espanhola, defenderam a importância de concretização da estratégia comum para o desenvolvimento das áreas transfronteiriças.

Numa declaração conjunta, que foi enviada ao primeiro-ministro de Portugal e ao presidente do Governo de Espanha, como contributo para a cimeira, as duas confederações empresariais destacam a importância da aprovação e implementação, o mais rapidamente possível, do Plano de Recuperação para a Europa. Consideram que o enquadramento acordado pelo Conselho Europeu abre novas possibilidades para uma intervenção coordenada, constituindo uma única via para mitigar os perigosos efeitos de fragmentação da resposta assimétrica que até agora tem caracterizado a reação à pandemia de covid-19 na Europa.

A nível nacional, CIP e CEOE sublinham a urgência do reforço e reorientação das medidas de emergência já tomadas nos dois países e a necessidade de planos de recuperação e resiliência que coloquem as empresas no centro das estratégias nacionais, tendo em conta a necessidade de preservação do tecido empresarial e a reorientação dos modelos de crescimento e de desenvolvimento económico e social, em coerência com as opções estratégicas europeias.

Por ocasião da cimeira que decorreu hoje, na cidade da Guarda, em Portugal, a CIP e a CEOE reafirmam a necessidade de estimular a cooperação transfronteiriça, procurando complementaridades e envolvendo a participação do associativismo empresarial transfronteiriço.

Assim, sublinham a importância de dotar a Península Ibérica de uma rede eficaz de transportes de mercadorias que ligue os seus portos ao centro da Europa e apelam aos Governos dos dois países para que promovam a necessária coordenação dos investimentos, tanto ao nível do planeamento e timings de construção, como no que respeita à harmonização das soluções técnicas das infraestruturas.

Na declaração, CIP e a CEOE reconhecem a centralidade das políticas de internacionalização na promoção do aumento das exportações e do investimento nos mercados de países terceiros, nomeadamente na América Latina e em África, onde as empresas portuguesas e espanholas têm uma presença sedimentada numa longa tradição de relacionamento. Felicitam a celebração do acordo com o México e as negociações em curso para a modernização do acordo com o Chile, mas lamentam os entraves políticos que persistem à efetivação do acordo da UE com o Mercosul.

Consulte aqui o texto integral da declaração conjunta da CIP e da CEOE.