A Direção da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, reunida a 27 de março, decidiu expressar a sua satisfação pelas propostas dadas a conhecer hoje pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para o apoio da recuperação das economias da União Europeia, impactadas pela pandemia de covid-19.

O pacote de medidas proposto inclui um novo instrumento, denominado “Next generation EU”, mas também inclui a revisão da proposta para o próximo quadro financeiro plurianual da UE para 2021-2027.

“O pacote de medidas hoje apresentado é extenso e está ainda a ser analisado ao detalhe pela CIP, mas as grandes diretrizes e principais propostas vêm ao encontro do que temos defendido, tal como consta da carta atempadamente remetida à presidente von der Leyen”, afirmou o presidente da CIP, António Saraiva.

“Felicitamos a Comissão Europeia, em particular, pelo novo instrumento ‘próxima geração UE’, que demonstra ambição na resposta à crise que enfrentamos. É um instrumento inovador, de 750 mil milhões de euros, sendo constituído, na sua maioria, por subvenções, o que é fundamental para não sobrecarregar o endividamento dos Estados-membros”, disse António Saraiva.

“É agora necessário assegurar que todos estes fundos são canalizados para áreas e investimentos relevantes, de forma a que a Europa saia desta crise fortalecida. Se assim for, o dia 27 de maio de 2020 pode constituir um marco do retomar do projeto europeu enquanto comunidade de liberdade, solidariedade, progresso e inovação”, acrescentou.

Tal como a CIP tem salientado, é da máxima importância que as medidas assumidas, a nível nacional e a nível europeu, sejam agilizadas e cheguem rapidamente à economia, para que seja possível apoiar as empresas e o emprego e retomar a estratégia de desenvolvimento.

As propostas apresentadas demonstram também a importância da política de coesão europeia, que, longe de ser uma política ultrapassada, demonstrou nesta crise ser uma política moderna, capaz de dar resposta rápida a situações de emergência.

“Esperamos agora que os Estados-membros consigam chegar a um acordo e aprovar esta proposta com a máxima urgência”, concluiu António Saraiva.

A política de coesão foi a primeira linha da resposta europeia, tendo permitido mobilizar e reorientar fundos rapidamente. O seu reforço reflete a importância desta política e a necessidade de fortalecer a coesão na Europa, bem como de assegurar condições equitativas de concorrência no mercado interno.