A CIP – Confederação Empresarial de Portugal congratula-se com o acordo alcançado a 21 de julho no Conselho Europeu, que abre perspetivas para uma intervenção coordenada para estimular e acelerar a recuperação da economia da União Europeia, em resposta à crise provocada pela pandemia de covid-19.
Esta decisão contribui para reforçar, de forma marcante, o projeto europeu e afasta a ameaça de fragmentação e de novas divergências no mercado único, decorrentes de respostas nacionais assimétricas a uma crise de proporções inéditas.
As propostas iniciais da Comissão Europeia não foram desvirtuadas, ainda que tenham sido limitadas. Pela primeira vez, a Europa aproveita a força que advém da sua dimensão para emitir dívida de forma centralizada, o que se revelará fundamental para não sobrecarregar os Estados-membros mais endividados.
“Este acordo e as soluções que prevê vêm ao encontro do que temos defendido e afirmam a ambição da União Europeia de ultrapassar, de forma conjunta, este desafio sem precedentes, constituindo um marco no retomar do projeto europeu”, afirmou o presidente da CIP, António Saraiva.
Neste quadro, Portugal beneficia de condições favoráveis para sustentar uma recuperação mais rápida e mais forte.
“É necessário, agora, assegurar que estes fundos são disponibilizados de forma atempada e aplicados eficazmente, em áreas relevantes e investimentos produtivos, de forma a que saíamos deste período de crise reforçados”, afirma António Saraiva.
Portugal enfrenta o desafio de tirar o máximo partido das oportunidades criadas pelos novos instrumentos. É preciso definir, desde já, estratégias de políticas públicas e estratégias empresariais capazes de orientar com eficácia esses recursos, não só numa perspetiva de recuperação, a curto-prazo, mas com uma visão de futuro, de resposta aos grandes desafios de fundo que se nos continuam a colocar, tendo presente o objetivo do relançamento de uma base industrial renovada, mais forte e mais resiliente.