O presidente da CIP, António Saraiva, considera que o atual enquadramento constitui uma oportunidade de ouro para as empresas portuguesas.

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal promoveu, a 27 de fevereiro, em Lisboa, a conferência “Financing Investment in Africa”, em parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e a SOFID – Sociedade para o Desenvolvimento do Financiamento.

“Hoje, mais do que nunca, temos a consciência da necessidade de uma maior aposta da Europa no seu relacionamento com África, não só em termos de ajuda ao desenvolvimento, mas também em termos de comércio e de investimento”, considerou o presidente da CIP, António Saraiva.

Este seminário realizou-se numa altura em que, pela primeira vez, o setor privado é envolvido nas negociações do Acordo pós-Cotonou, entre a União Europeia e os países ACP – África, Pacífico e Caraíbas.

“É uma oportunidade de ouro para as empresas portuguesas que desejam reforçar os seus investimentos em África ou noutros países ACP”, afirmou António Saraiva, sublinhando a insistência da CIP para que se criem os mecanismos que permitam às empresas portuguesas “o acesso aos instrumentos de financiamento disponíveis na União Europeia (e não só) para investirem em África e noutros mercados em desenvolvimento, com particular destaque, naturalmente, para os países lusófonos”.

A conferência “Financing Investment in Africa” teve como objetivo a apresentação dos instrumentos financeiros do BEI para a região ACP, destinados às empresas europeias.

“[No quadro do novo acordo que está a ser negociado], a questão do financiamento às empresas para investirem em África assume uma particular relevância”, disse Francisco Mantero, presidente do Conselho Estratégico da CIP para a Cooperação e o Desenvolvimento.

“Sabemos que o financiamento público não é suficiente para atingirmos os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos na Agenda 2030”, explicou, acrescentando que “as estimativas apontam para a existência de uma falha de financiamento de 3 mil milhões de dólares por ano [cerca de 2,6 mil milhões de euros], para se atingirem estas metas”.

“Os números comprovam a necessidade da participação do setor privado no financiamento das economias em vias de desenvolvimento”, defendeu.

Na conferência de hoje, participaram como oradores o presidente da CIP; a presidente do Conselho Executivo da SOFID, Marta Mariz; o responsável pela delegação do BEI em Lisboa, Kim Kreilgaard; e o secretário-executivo adjunto do Capital Development Fund das Nações Unidas, Xavier Michon.

Participaram, também, o CEO da Mota-Engil Africa, Manuel António da Mota, e o administrador da EDP Internacional Carlos Madeira.

 

O programa da conferência e mais informações sobre os oradores, bem como as fotos, vídeos e intervenções, podem ser consultados aqui.

 
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Créditos: Paulo Alexandre Coelho / CIP

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