A CIP – Confederação Empresarial de Portugal apresentou, no passado dia 31 de Maio, na NOVA SBE, em Carcavelos, a 3ª Edição do Projeto Promova, um programa de formação executiva dirigido a mulheres, com uma componente de apoio personalizado ao seu desenvolvimento pessoal e profissional, com o qual pretende fomentar a promoção de talentos femininos com potencial de liderança a funções de gestão de topo nas empresas. O evento contou com a presença de Isabel Barros, da Vice-Presidente da CIP, Maria Nolasco, da Comissão Executiva da NOVA SBE, e também do alpinista João Garcia, como orador convidado.

As duas primeiras edições deste projeto tiveram um efeito direto na vida profissional das 60 participantes, tendo sido promovidas cerca de 44% das mulheres que o integraram. O Projeto Promova visa promover a igualdade de género no acesso a altos cargos de direção em organizações privadas, e contribuir para aumentar a presença de mulheres na atividade empresarial portuguesa, em funções de gestão de maior responsabilidade. Ao fazer isso, as nossas empresas, e a sociedade em geral, beneficiarão da diversidade de perspetivas na tomada de decisões estratégicas das empresas.

À semelhança das duas edições anteriores, a 3ª edição do Projeto Promova, conta com 30 mulheres. Para além da formação em sala, o projeto é complementado com outras atividades igualmente importantes e essenciais para o desenvolvimento profissional das participantes, como o coaching personalizado, a mentoria e o networking. O objetivo dessas atividades é facilitar o acesso das mulheres às redes profissionais tradicionalmente masculinas e contribuir para uma mudança na cultura organizacional. Esta edição conta com o apoio das empresas ANA – Aeroportos de Portugal, a EDP, a Randstad e a Sonae.

Principais destaques da intervenção de Isabel Barros (Vice-Presidente da CIP)

“Neste momento, a participação no Projeto PROMOVA conta com 97 mulheres (3 edições) de 41 empresas, com taxas de progressão de carreira, na 1ª edição, de 46% e, na 2ª edição, que ainda não terminou, uma taxa de progressão de 40%.”

“Portugal já percorreu um grande caminho na diminuição da disparidade entre homens e mulheres tanto no emprego como na educação. No entanto é preciso ir ainda mais rápido. A pandemia voltou a revelar fragilidades e a aumentar as desigualdades – os 100 anos que nos faltavam para atingir a igualdade, são agora 130 anos.”

“As empresas e os seus líderes estão cada vez mais cientes de que a diversidade gera inovação e criatividade, vantagens competitivas vitais ao seu crescimento. As empresas sabem que não podem desperdiçar talentos e necessitam, nas diversas funções organizacionais, das pessoas mais bem preparadas e com melhores competências, sejam homens ou mulheres.”

“O PROMOVA é mais do que um projeto de formação executiva, é um projeto de desenvolvimento pessoal que tem em vista a promoção do mérito e da excelência feminina. De acordo com uma análise da Informa D&B de março de 2022, as mulheres ocupam apenas 28% dos cargos de direção em Portugal. O objetivo de todas tem que ser chegar à paridade. Foram selecionadas para esta 3ª edição 35 mulheres entre 47 candidatas.”

Principais destaques da intervenção de Maria Nolasco (Comissão Executiva da NOVA SBE)

“Investimos nesta área (NOVA SBE) porque Portugal e o Mundo precisam cada vez mais de mulheres nas empresas, em funções de liderança.”

“No meu caso pessoal, e como participante da segunda edição, fui promovida no decorrer deste projeto, o que prova que não só os objetivos são realistas, como o projeto produz efeitos na vida das participantes.”

Principais destaques da intervenção de João Garcia

“Sou reconhecido no meu país pelas melhores e piores razões. É verdade que consegui colocar a bandeira de Portugal no sítio da Terra que está mais próximo do Sol, mas também é verdade que essa expedição correu mal (e basta olhar para os meus dedos para perceber), porque perdi partes do meu corpo, mas também porque perdi um grande amigo que não sobreviveu à escalada”

“O alpinismo é um desporto justo, só quem se esforça alcança o topo da montanha. Não é como noutros desportos em que o dinheiro é preponderante para os resultados.”

“Os limites são uma coisa engraçada, estão na nossa cabeça. Foi isso que me permitiu recuperar depois do acidente e voltar a fazer o que gosto”