O Presidente da CIP, António Saraiva, esteve em Bruxelas, a 21 e 22 de novembro, para defender políticas que promovam a coesão e a competitividade da Europa.
O Presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, esteve em Bruxelas para uma maratona de encontros com responsáveis da política europeia, para apresentar propostas com vista à coesão e à competitividade da economia europeia.
António Saraiva foi recebido pelo gabinete do Presidente Juncker. Também por George Dassis, Presidente do Comité Económico e Social Europeu, pelo gabinete da Comissária Corina Creţu, sobre política regional, e ainda pelo Comissário para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas. O responsável da CIP reuniu com o gabinete da Comissária Elżbieta Bieńkowska, sobre política industrial, e com o Embaixador Nuno Brito, Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia. A agenda terminou com um encontro com os Eurodeputados portugueses.
O Presidente da CIP fez-se acompanhar de uma comitiva de responsáveis de associações empresariais nacionais. Na agenda levou as prioridades das empresas portuguesas para a Europa.
Desde logo, a necessidade de assegurar uma política Europeia de coesão forte e preparar a União Europeia para a próxima década, apostando na inovação, digitalização da economia, em grandes infraestruturas de transporte, energia e comunicação. Objetivos estes que devem estar contemplados e ser prosseguidos através do próximo quadro comunitário plurianual pós-2020, cujo funcionamento e sistemas de controlo devem ser, desejavelmente, simplificados, de forma a facilitar o uso dos fundos disponíveis.
A necessidade de aprofundar a União Económica e Monetária será outro dos temas em cima da mesa. A CIP defende a implementação de reformas estruturais e a aplicação reforçada do mecanismo de desequilíbrios macroeconómicos, tanto nos países deficitários como nos excedentários, uma vez que a competitividade empresarial deve refletir-se em crescimento económico sustentado e equilibrado e não na acumulação de excedentes externos. A CIP considera ainda ser necessário rever as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, por forma a que não visem apenas a procura de uma maior disciplina, mas antes encoraje os Estados membros na orientação das suas finanças públicas para uma composição mais favorável ao crescimento.
O Presidente da CIP teve ainda oportunidade de levar outras mensagens de interesse nacional, aos responsáveis da política europeia, tais como a necessidade de:
- Completar o Mercado Único em todas as suas dimensões, nomeadamente através da eliminação das barreiras que ainda subsistem quanto à livre circulação de mercadorias e à livre prestação de serviços;
- Completar um mercado único da energia verdadeiramente integrado e competitivo, com a necessária implementação de interconexões transfronteiriças de gás e eletricidade;
- Abordar matérias sociais e de emprego, como a modernização dos mercados de trabalho, dos sistemas de educação e formação profissional e dos sistemas de proteção social;
- Avançar com uma política comercial global e ambiciosa, através da concretização de vários acordos comerciais em atual negociação (Mercosul, Japão, México); ou cuja negociação terá início (Austrália e a Nova Zelândia); além de assegurar a evolução das relações com Africa.
- Colocar a competitividade no centro de uma nova estratégia industrial para a Europa: uma estratégia, integrada, moderna e baseada na inovação, digitalização e progresso tecnológico. Entre outros, é importante ter em conta o impacto da política energética na competitividade industrial, uma vez que o valor acrescentado da indústria é e continuará a ser muito dependente da capacidade de acesso à energia a custos competitivos. Os preços da energia para o consumidor industrial na UE são mais do dobro dos praticados nos EUA.
Conheça aqui as prioridades da CIP para a Europa.
António Saraiva encontrou-se com funcionários portugueses nas instituições europeias e participou ainda na segunda edição do Innovation Sessions, organizada pela AICEP, em colaboração com a CIP, a Agência Nacional de Inovação e a Eupportunity, uma missão empresarial com o objetivo, este ano, de promover os temas da mobilidade e da digitalização da economia.