O Barómetro CIP/ISEG mantém em 1,8% a sua previsão para o crescimento do PIB no cômputo do ano
O Barómetro CIP/ISEG aponta para uma relativa estabilidade da taxa de crescimento homólogo do PIB, tendo em conta a evolução, até ao início do 3.º trimestre, dos indicadores setoriais analisados. O maior contributo para esse crescimento deverá continuar a vir do consumo privado e, a um nível relativamente reduzido, do investimento.
Para a totalidade do ano, a previsão para o crescimento do PIB mantém-se em cerca de 1,8% (mais concretamente no intervalo entre 1,6% e 2,0%). A economia portuguesa continuará, assim, a crescer acima da média da zona euro, ainda que em valores que limitam a evolução da atividade económica do país e dificultam a convergência com a Europa.
Quanto à evolução setorial, as maiores preocupações continuam a centrar-se na produção industrial, cujo desempenho negativo acompanha tendência similar na zona euro e, em particular, na Alemanha. Não há, de resto, expectativas de melhoria deste indicador a breve prazo.
Para o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, é preciso inverter a tendência de desaceleração do crescimento patente nos dados que constam deste Barómetro (3% na primeira metade de 2023, 2% na segunda metade e 1,5% no 1.º semestre deste ano): “O crescimento esperado para este ano é manifestamente insuficiente. Exige a tomada de medidas que impulsionem o investimento empresarial. Só assim poderemos contrariar o atual abrandamento da economia, através do aumento da capacidade de produção e, sobretudo, do aumento da produtividade via inovação e introdução de novas tecnologias nas empresas. Desta forma, será ainda possível melhorar os salários”, conclui o mesmo responsável.
Consulte o Barómetro da Conjuntura CIP|ISEG de setembro aqui.