A CIP – Confederação Empresarial de Portugal apoiou a realização da mesa-redonda «Competitividade na UE: um ano depois do Relatório Draghi», uma iniciativa promovida pela Deputada Europeia Lídia Pereira e dirigida a líderes empresariais.
O encontro teve como objetivo avaliar o estado atual da competitividade europeia e nacional, à luz das conclusões dos relatórios Draghi e Letta, da Bússola Europeia da Competitividade e de outros instrumentos estratégicos em discussão no início da nova legislatura europeia.
Na intervenção de abertura, o Diretor-Geral da CIP, Rafael Alves Rocha, sublinhou que «a Europa já tem o diagnóstico feito — sabemos o que precisa de ser feito. O desafio é agora a execução». Destacou, ainda, que um ano após a publicação do Relatório Draghi, pouco mais de 10% das 383 recomendações foram implementadas, alertando para a urgência de acelerar reformas que reduzam custos de contexto, simplifiquem processos e reforcem a capacidade industrial europeia.
«Há uma distância entre ambição e realidade. As supostas propostas ambiciosas da Comissão para reduzir encargos administrativos representam uma poupança estimada de 8 mil milhões de euros — o que equivale a apenas cerca de 5% dos 150 mil milhões que o Eurostat estima ser o custo anual total de cumprimento regulatório para as empresas europeias. É um passo na direção certa, mas ainda demasiado pequeno face à dimensão do desafio», acrescentou.
O debate contou também com as intervenções de Isabel Ucha (Euronext Portugal), Carlos Moreira da Silva (Business Roundtable Portugal) e Miguel Pina Martins (CPO Portugal), bem como com a participação de empresas de diversos setores estratégicos. A sessão foi encerrada pelo Ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

