A CIP – Confederação Empresarial de Portugal participou esta manhã, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, numa sessão de alto nível dedicada ao futuro do próximo Quadro Financeiro Plurianual (MFF) e ao papel da política de coesão na competitividade europeia.
O encontro, promovido pelo eurodeputado Siegfried Mureşan, contou igualmente com a participação da eurodeputada Danuše Nerudová, co-relatora das receitas próprias da União Europeia (UE), sublinhando a relevância política e financeira do momento para o desenho do futuro MFF.
Joana Valente, Chair do Grupo de Trabalho de Política Regional da BusinessEurope e Diretora Executiva de Relações Internacionais da CIP, destacou que a política de coesão «é uma política central da União Europeia, não apenas por estar consagrada nos Tratados, mas por ser um verdadeiro pilar do projeto europeu, garantindo o equilíbrio entre convergência territorial e competitividade, e que beneficia todas as regiões europeias».
Na sua intervenção, alertou para o impacto da pressão orçamental no próximo ciclo financeiro. Referiu que estimativas do Instituto Jacques Delors apontam para uma redução de cerca de 15 por cento na dotação global da política de coesão face ao período atual. «A nível da BusinessEurope defendemos que a política de coesão requer um financiamento adequado. É importante não esquecer que a política de coesão é uma política de investimento fundamental e a principal fonte de investimento público em muitas regiões europeias.»
Joana Valente sublinhou ainda que está a emergir uma nova arquitetura da política de coesão, assente em mérito, desempenho, flexibilidade e competitividade. Considerando tratar-se de uma evolução necessária, advertiu que este modelo é conducente a maior divergência. A coesão, reforçou, deverá assim continuar a ser um objetivo estruturante da União e um elemento essencial para o bom funcionamento da União e para a competitividade equilibrada dos territórios.



