A previsão para o conjunto do ano é de um crescimento entre 1,5% e 1,8%, mas o cenário internacional apresenta elevados riscos

O Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG estima que o crescimento em cadeia do PIB no segundo trimestre tenha sido de 0,6%, o que corresponde, em termos homólogos, a uma aceleração para 1,8%.

Estes valores baseiam-se em dados que permitem antecipar um desempenho positivo dos setores do comércio a retalho, dos serviços e, com menor expressão, da produção industrial e do setor da construção.

O Barómetro CIP/ISEG dá conta, também, da evolução dos indicadores de confiança, que melhorou substancialmente ao longo do trimestre, revertendo a tendência de decréscimo observada no primeiro trimestre do ano.

Para a segunda metade do ano, mantém-se a perspetiva de um desempenho favorável da procura interna, reforçada pelo aumento do rendimento disponível das famílias que resultará das medidas orçamentais aprovadas, bem como pela manutenção do investimento privado e público. Mais incerta será a evolução da procura externa líquida, sujeita a riscos relevantes decorrentes da instabilidade geopolítica e das tensões comerciais associadas à imposição de tarifas. Neste contexto, a previsão para o conjunto do ano é de um crescimento entre 1,5% e 1,8%.

Na medida em que esta previsão implica um crescimento em cadeia da ordem dos 0,4% a 0,8% no terceiro e quarto trimestres, Rafael Alves Rocha, Diretor-geral da CIP, mostra-se cauteloso, alertando para o elevado nível de incerteza no cenário internacional: «Estamos atentos às negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos. Se, nos próximos dias, não for possível chegar a um acordo minimamente razoável e se desencadear uma escalada de retaliações e contrarretaliações, os pressupostos destas previsões ficarão, por certo, comprometidos».

Consulte o Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG de julho aqui.