O Barómetro CIP/ISEG aponta para uma diminuição do investimento no terceiro trimestre do ano

O Barómetro CIP/ISEG estima que, no terceiro trimestre, a evolução em cadeia do PIB se tenha mantido fraca, entre 0 e 0,2%, continuando o consumo privado a constituir a componente com maior contributo para o crescimento da economia. Em sentido contrário, o investimento poderá mesmo ter diminuído relativamente ao segundo trimestre e o contributo da procura externa líquida terá continuado a ser negativo.

Quanto à evolução setorial, a melhoria observada nos serviços e no comércio a retalho foi contrariada pela produção industrial, que permanece em queda, ainda que mais atenuada. O Barómetro CIP/ISEG destaca, a este respeito, o impacto da contração que se continua a registar na indústria transformadora alemã.

A melhoria, em setembro, dos indicadores de confiança dos consumidores e das empresas, transversal a todos os setores, permite esperar um final do ano com resultados mais favoráveis. Deste modo, e atendendo a um quarto trimestre com mais dias úteis, em termos homólogos, a previsão CIP-ISEG de crescimento anual do PIB em 2024 mantém-se inalterada em 1,8%.

Para Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP, apesar das perspetivas de melhoria da conjuntura económica no final do ano, é particularmente preocupante a ausência de sinais de relançamento do investimento: «um crescimento baseado unicamente no dinamismo do consumo nunca poderá ser sustentado. Neste contexto, é vital a aceleração da execução do PRR e do Portugal 2030».

Consulte o Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG de outubro aqui.