Empresas defendem uma Agenda Económica para Portugal
A CIP – Confederação Empresarial de Portugal reuniu hoje, quarta-feira, na sua Sede em Lisboa, o Conselho das Empresas para um encontro de debate aberto com algumas das principais empresas do País. O objetivo desta reunião-magna foi colocar, em vésperas de eleições legislativas antecipadas, a economia no centro da discussão política, num reforço claro da necessidade de as empresas assumirem um papel ativo na definição de uma Agenda Económica que se sobreponha a objetivos de mera tática na disputa de interesses exclusivamente partidários. O encontro, que contou com a participação de mais de 30 das maiores empresas nacionais, incluindo GALP, Banco BPI, Banco Santander Totta, BRISA, Renova, Trivalor, Tabaqueira, Deloitte Technology, Jerónimo Martins, Floene, Farminveste, Ramirez, Siemens, Sonae, Siderurgia Nacional ou The Navigator Company, também constituiu oportunidade para ouvir o CEO do Banco do Fomento, Gonçalo Regalado, sobre algumas das novas diretrizes da instituição.
Durante a reunião, os empresários discutiram os desafios urgentes da economia portuguesa, colocando a tónica na simplificação do Estado, nas barreiras fiscais, na imigração, na formação e na requalificação, na relação entre defesa, economia e segurança, bem como nos temas da energia, da habitação e da mobilidade. Defendendo que é preciso ultrapassar atavismos seculares e abraçar renovadas soluções – umas conhecidas, mas nunca implementadas, e outras inovadoras. Garantindo um futuro próspero que coloque o país, a prazo, no pelotão da frente da União Europeia.
Para o Presidente da CIP, Armindo Monteiro, este encontro reafirmou a responsabilidade do setor empresarial na definição de uma estratégia para o país: «As empresas não vão a eleições, mas são elas que garantem o crescimento, o emprego e a criação de riqueza. A nossa responsabilidade é recentrar a discussão e assegurar que a economia está no centro do debate político, e não o contrário. Portugal necessita urgentemente de mais investimento. Sem um choque de produtividade, não conseguiremos transformar o nosso modelo económico e garantir um crescimento sustentável. Temos de garantir que as empresas têm as condições necessárias para crescer, inovar e criar valor e, para tal, é imperativo que as decisões políticas sejam tomadas com um olhar atento às reais necessidades do setor produtivo e à urgência de uma visão estratégica para o futuro de Portugal. A inovação não é uma opção, mas uma condição sine qua non para a modernização e competitividade da economia portuguesa.»
Os contributos hoje recolhidos no Conselho das Empresas serão levados à discussão no Congresso das Empresas que a CIP realizará nos dias 22 e 23 de abril, em Lisboa. Os Conselhos Consultivos da CIP são espaços de estudo, análise, debate, reflexão, orientação e ponderação que consubstanciam um alicerçado, criterioso e fundamentado pensamento estratégico sobre as mais basilares áreas da atividade económica, da governação política e do associativismo. A CIP continuará a defender uma economia forte, inovadora e competitiva, intervindo de forma ativa na construção de políticas públicas que respondam às necessidades do tecido empresarial português e contribuam para o desenvolvimento sustentável de Portugal.

