A CIP – Confederação Empresarial de Portugal esteve representada pelo seu Diretor-Geral, Rafael Alves Rocha, na Assembleia Geral da Confindustria, que decorreu em Bolonha. A Confindustria é a principal organização representativa da indústria italiana, desempenhando um papel central no diálogo económico e social em Itália. O encontro reuniu líderes empresariais e responsáveis políticos europeus e contou com as intervenções do Presidente da Confindustria, Emanuele Orsini, da Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e da Presidente do Conselho de Ministros de Itália, Giorgia Meloni, tendo centrado o debate em torno da competitividade da indústria europeia, da política energética e da necessidade de um novo impulso ao investimento produtivo.
O Presidente da Confindustria, Emanuele Orsini, defendeu a criação de um plano industrial extraordinário europeu, propondo um apoio público aos investimentos no valor de 8 mil milhões de euros por ano, durante pelo menos três anos. «Precisamos de convencer os nossos empresários a investir. Para isso, são necessárias regras claras, procedimentos mais simples e prazos mais curtos», afirmou. Emanuele Orsini apelou ainda ao reforço de instrumentos como os contratos de desenvolvimento e os programas de transição industrial.
A questão da energia ocupou igualmente um lugar central na sua intervenção. O Presidente da Confindustria defendeu o fim da indexação do preço da eletricidade ao gás, considerando a situação atual insustentável: «Depois de todos os incentivos pagos às renováveis, não podemos continuar a pagar a energia a um preço que não reflete a realidade do mercado. É urgente avançar para o desmembramento entre fontes».
As preocupações expressas pela Confindustria nesta Assembleia Geral são amplamente partilhadas pela CIP, no quadro da cooperação das duas confederações no seio da BusinessEurope e do Grupo do Mediterrâneo. A convergência entre as duas organizações é clara em temas como a urgência de uma política energética competitiva, a necessidade de uma verdadeira reindustrialização da Europa, a desburocratização, o apoio à inovação, o aprofundamento do mercado único e a abertura a novos mercados internacionais.
A presença da CIP nesta sessão reforça a articulação da confederação portuguesa com as congéneres europeias e o acompanhamento próximo dos temas que marcam a agenda da política industrial europeia.
