Realizou-se, no dia 15 de dezembro, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, um novo almoço-debate do ciclo «Uma Presidência estratégica para o Portugal XXI», promovido pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que contou com a participação do candidato presidencial António José Seguro. A iniciativa voltou a reunir a comunidade empresarial para um momento de reflexão estratégica sobre os desafios que Portugal enfrentará nos próximos anos.
Na sua intervenção, António José Seguro considerou que o Estado português se tem tornado, nos últimos anos, «menos amigo da economia e de quem quer empreender», sublinhando que exige muito a quem investe, mas revela dificuldades em cumprir prazos e assegurar previsibilidade na resposta às empresas. Para o candidato, esta realidade compromete a confiança e a capacidade de criação de valor na economia nacional.
Centrando a sua análise no modelo económico do País, defendeu que Portugal precisa de organizar melhor a competência e a inteligência coletiva, alertando para um perfil económico assente em baixo valor acrescentado e, consequentemente, em baixos salários. «Um país de excelência é um país que cria valor na sua economia para valorizar os salários», afirmou, sublinhando a necessidade de uma estratégia de desenvolvimento mais exigente.
António José Seguro destacou ainda a importância da Concertação Social na definição de um desígnio nacional, defendendo que empresários e trabalhadores devem ser chamados a discutir o futuro, num esforço conjunto para reforçar a competitividade e a criação de riqueza. Nesse contexto, sublinhou que as empresas são o espaço onde essa riqueza é criada e que quem empreende precisa de estabilidade e previsibilidade para investir e crescer.
Alertando para um momento particularmente exigente da vida coletiva, o candidato considerou que o país enfrenta sinais de fragilidade social e democrática, defendendo um maior envolvimento das elites económicas e sociais na construção do futuro. «Precisamos de um Presidente da República que seja inspirador, mobilizador e agregador, capaz de consensualizar um desígnio e um propósito para o País», afirmou.
O ciclo «Uma Presidência estratégica para o Portugal XXI» encerra assim o conjunto de almoços-debate promovidos pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, reforçando o seu papel enquanto plataforma de diálogo construtivo entre os candidatos à Presidência da República e o tecido empresarial.
