O Barómetro da CIP – Confederação Empresarial de Portugal /ISEG antecipa a continuação do desempenho positivo do consumo privado no final do ano, bem como o reforço do ritmo de crescimento do investimento público e privado. As previsões, no entanto, apontam para algum abrandamento face aos resultados do terceiro trimestre. “Não será possível crescer a um ritmo razoável sem aumentos significativos da produtividade”, adverte o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha.

O Barómetro de Conjuntura Económica CIP – Confederação Empresarial de Portugal /ISEG reviu em alta as previsões de crescimento da economia em 2025, apontando para uma taxa entre 1,8% a 1,9%. Esta revisão decorre dos resultados alcançados no terceiro trimestre, que superaram as expectativas, mas pressupõe um abrandamento do crescimento em cadeia no último trimestre do ano.

Para o final de 2025, a CIP e o ISEG preveem a continuação de um desempenho positivo do consumo privado, bem como o reforço do ritmo de crescimento do investimento público e privado. É na vertente externa que subsistem os riscos mais relevantes para a economia. A moderar as expectativas para o quarto trimestre está, também, a deterioração das apreciações das empresas da indústria transformadora e do setor dos serviços.

O diretor-geral da Confederação Empresarial de Portugal, Rafael Alves Rocha, destaca pela positiva as expectativas de relançamento do investimento público e privado. Afirma, contudo, que “não será possível crescer a um ritmo razoável sem aumentos significativos da produtividade”, acrescentando que esta é uma condição para que Portugal possa alcançar um crescimento sustentado em termos de equilíbrio externo. “Só conseguiremos aumentar quotas de mercado com empresas mais produtivas, as quais sustentem a sua competitividade no valor percebido pelo cliente”, sublinha Rafael Alves Rocha.

Segundo os indicadores de confiança analisados pela CIP e pelo ISEG, o último trimestre do ano iniciou-se com uma quebra simultânea dos indicadores de clima, do Instituto Nacional de Estatística (INE) e de sentimento económico, da Comissão Europeia, quebra essa motivada pela deterioração das apreciações na indústria transformadora e no setor dos serviços. O indicador de confiança dos consumidores não acompanhou, no entanto, a evolução negativa do clima e sentimento económicos, tendo registado uma evolução positiva com alguma magnitude.

Para o quarto trimestre de 2025, prevalece no Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG a perspetiva de um novo crescimento em cadeia, embora a um ritmo inferior ao observado no terceiro trimestre. Adicionalmente, face ao desempenho muito positivo da economia portuguesa verificado no quarto trimestre de 2024, o crescimento homólogo no quarto trimestre de 2025 terá subjacente algum efeito de base.

Consulte o Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG de novembro aqui.