Destacamos, nesta edição da Envolvente Empresarial – análise de conjuntura, o forte contributo do consumo privado para a recente aceleração do PIB, bem como o agravamento do contributo negativo da procura externa líquida.
Já está disponível aqui a publicação trimestral de análise de conjuntura Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao terceiro trimestre de 2025, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.
- A opção do Banco Central Europeu (BCE) de manter inalteradas as suas taxas de juro diretoras nas reuniões do terceiro trimestre de 2025.
- A aprovação pelo Conselho de Ministros da proposta legislativa com vista à redução de 1 ponto percentual na taxa do IRC, por ano, até 2028.
- A aprovação pelo Conselho de Ministros da proposta de reforma laboral, cujo anteprojeto foi posteriormente apresentado e debatido com os parceiros sociais.
- A criação do Instrumento Financeiro para a Inovação e Competitividade (IFIC), no âmbito do PRR, gerido pelo BPF, com uma dotação inicial de cerca de 315 milhões de euros, passível de reforço com verbas não executadas por outros programas do PRR.
- A apresentação pelo Governo da proposta de Orçamento do Estado para 2026.
- A aceleração do PIB no segundo e terceiro trimestres, com a retoma do ritmo de crescimento em cadeia (de -0,3% para 0,7% no segundo trimestre e 0,8% no terceiro).
- O forte contributo do consumo privado para a recente aceleração do PIB, e o agravamento do contributo negativo da procura externa líquida, com a aceleração das importações a superar a aceleração das exportações.
- As mais recentes projeções económicas para Portugal, com o Governo a prever um ligeiro abrandamento da economia, de 2,1% em 2024 para 2,0% em 2025, um pouco acima das projeções do Banco de Portugal, Conselho das Finanças Públicas (CFP) e FMI (1,9%). As diferentes projeções apontam para que, em 2025, a economia portuguesa cresça integralmente via procura interna, refletindo a aceleração do consumo privado e alguma resistência do investimento. Para 2026, as projeções de crescimento da economia portuguesa variam entre 1,8% (CFP) e 2,3% (Governo).
- As projeções do FMI e da OCDE, que apontam para um abrandamento do crescimento económico mundial em 2025 e 2026. Este abrandamento deve-se, em particular, à política comercial protecionista iniciada pelos Estados Unidos da América e aos conflitos militares em curso.
- A redução em 5,2% do número de empresas com processos de insolvência nos primeiros nove meses de 2025.
- O enfraquecimento da dinâmica comercial com o exterior nos oito primeiros meses do ano, e o seu maior desequilíbrio, com as exportações de bens praticamente estagnadas e as importações de bens a registar um crescimento homólogo de 6%.
- O contributo positivo das exportações para a Alemanha, muito influenciadas pelas transações relacionadas com “trabalhos por encomenda” (nomeadamente de produtos farmacêuticos); o contributo positivo das importações provenientes da Irlanda, também muito influenciadas pelas transações relacionadas com “trabalhos por encomenda” (nomeadamente de produtos químicos).
- O contributo negativo das exportações para os EUA, que registaram uma diminuição homóloga de 8,5% no conjunto dos primeiros oito meses do ano.
- A estabilização das taxas Euribor em valores próximos de 2%, embora com uma ligeira tendência de aumento, refletindo o menor otimismo dos mercados quanto a eventuais novos cortes nas taxas de juro diretoras nas próximas reuniões do BCE.
- O aumento, acima de 4%, do stock de crédito total concedido ao setor privado não financeiro, explicado sobretudo pela expansão do crédito aos particulares (7,2%), visto que o crédito às sociedades não financeiras cresceu a menor ritmo (2%).
- A diminuição da taxa de desemprego para 5,9% no segundo trimestre.
- O dinamismo do mercado de trabalho, que se tem revelado no aumento da população empregada que continua a absorver o significativo aumento da população ativa, permitindo a diminuição do número de desempregados.
- A aceleração da inflação em Portugal, até agosto, pressionada pelos produtos alimentares não transformados, tendo já cedido no mês de setembro.
- A apreciação do euro face ao dólar dos EUA, de 3% relativamente ao segundo trimestre de 2025 e de 6,3% relativamente ao terceiro trimestre de 2024.
- A degradação do indicador de competitividade-custo da economia nacional face aos 37 principais parceiros, no segundo trimestre, refletindo a apreciação nominal do euro e o aumento dos custos laborais unitários relativos.
- A diminuição do excedente da balança corrente e de capital nos oito primeiros meses de 2025, devido ao aumento do défice da balança de bens.
- O excedente orçamental de 1% do PIB registado no primeiro semestre de 2025, em contabilidade nacional, tal como no primeiro semestre de 2024.

