Menor retenção na fonte do IRS em agosto e setembro e suplemento extraordinário de pensões deverão impulsionar o comércio privado

O Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG conclui que a evolução dos indicadores setoriais de atividade e de confiança são compatíveis com um reforço do ritmo de crescimento homólogo no presente trimestre.

De facto, a recuperação moderada da atividade económica que se tem observado nos últimos meses terá prosseguido em julho. Esta evolução resultou de um novo reforço do contributo do comércio a retalho e do consumo de cimento, a que se juntou uma recuperação no contributo do setor dos serviços e da produção industrial.

Em julho e, especialmente, em agosto, os indicadores de confiança setoriais também suportam as perspetivas de um crescimento homólogo um pouco mais forte.

Acresce que a menor retenção na fonte do IRS em agosto e setembro e o suplemento extraordinário de pensões, pago em setembro, deverão impulsionar o consumo privado no presente trimestre.

A este propósito, Rafael Alves Rocha, Diretor-geral da CIP, lembra que semelhante impulso do consumo privado, em finais de 2024, acabou por se revelar, em grande parte, efémero. Rafael Rocha acrescenta que «um maior crescimento da economia só poderá surgir, de forma sustentada, em resultado de um melhor desempenho do investimento e das exportações».

Pelos vistos, previsões quantitativas para o crescimento no terceiro trimestre, só as teremos na próxima edição, que sairá menos de uma semana antes da publicação (em 30 de outubro) da Estimativa Rápida do INE.

Consulte o Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG de setembro aqui.