O Conselho de Presidentes da BusinessEurope reuniu nos dias 27 e 28 de novembro em Varsóvia, recebido pela Confederação Lewiatan, membro polaco da BusinessEurope.
O encontro focou-se na estratégia empresarial no novo ciclo político europeu e nas relações transatlânticas. Contou também com um debate com o Ministro das Finanças da Polónia, Andrzej Domański, e um outro com o antigo presidente finlandês e conselheiro especial da Presidente da Comissão Europeia, Sauli Niinistö. O Conselho de Presidentes da BusinessEurope reuniu ainda com o Presidente da Polónia, Andrzej Duda.
Armindo Monteiro, Presidente da CIP, salientou a importância de assegurar que a recente preocupação política com a competitividade europeia deve rapidamente traduzir-se na introdução de medidas concretas que recuperem a atratividade da União Europeia (UE) como local de investimento. «É necessário estancar a saída de capital europeu para outras grandes economias. Temos de incentivar o investimento privado, e para isso precisamos de assegurar que as nossas empresas não estão limitadas por pesados fardos legislativos. Enquanto os Estados Unidos adotaram 3 500 atos legislativos a nível federal no período de 2019-2024, a UE aprovou 13 000. Precisamos de reverter esta situação com urgência.»
O Presidente da BusinessEurope, Fredrik Persson, afirmou que «Para continuar a ser uma âncora de paz, prosperidade e estabilidade, a Europa deve atuar de forma decisiva para reforçar a sua economia e colmatar a crescente diferença de competitividade em relação aos seus principais concorrentes.»
Durante a reunião, o Conselho de Presidentes emitiu a «Declaração de Varsóvia», documento que exorta a UE a concentrar-se em dez ações prioritárias durante a Presidência Polaca. Tais como: criar condições para reforçar a segurança e a capacidade de produção da indústria de defesa europeia, garantindo apoio contínuo à Ucrânia; implementar um novo Acordo para uma Indústria Limpa, reduzindo os encargos regulamentares e acelerando os procedimentos de licenciamento; mitigar o impacto dos custos de energia e carbono, assegurando a competitividade da indústria europeia; e definir uma estratégia ambiciosa para o Mercado Único, promovendo a livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais.
Adicionalmente, a declaração destaca a importância de estabelecer uma abordagem de regulação mais eficiente, incluindo a redução de 25% nos requisitos de reporte para as empresas; diversificar o comércio internacional, com ênfase em acordos estratégicos e relações transatlânticas; e abordar as carências de mão de obra e competências, fortalecendo o diálogo social. Outros pontos prioritários incluem o apoio à inovação e digitalização, melhorando a aplicação das novas regras digitais, o aumento do investimento privado, modernizando os mercados de capitais, e a preparação para a ampliação da UE, assegurando a competitividade e crescimento económico com a adesão de novos países membros.

