Promova & Randstad: Inspiring Connections, são um conjunto de quatro encontros promovidos pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal e a Randstad Portugal, no âmbito do Projeto Promova.

Gestão de ConflitosRelações IntergeracionaisImpacto da IA no Trabalho e Inteligência Emocional, são os temas do Mundo do trabalho que vão estar em debate. O intuito é reunir a rede do Projeto Promova e Progrida, em talks e conversas com a participação de oradores do mundo empresarial.

A Líder é Media Partner dos quatro encontros e a primeira sessão, sob o tema Gestão de Conflitos, decorreu na sede da Randstad, em Lisboa.

Os desafios da Liderança no feminino 

Nas palavras de abertura, Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad, enfatizou que a liderança no feminino continua com desafios, alguns dos quais «auto impostos». Destacou a importância de, enquanto líderes, haver o discernimento de compreender que não se chega a todo o lado, e de que não é possível controlar tudo. Mas há uma «influência positiva nas pessoas com quem se trabalha, nas empresas e nas comunidades com quem interagimos». O que a faz alertar para a importância de um líder «fazer as coisas com intenção».

Seguiu-se Raul Neto, CEO da Randstad, que classificou o PROMOVA como um «excelente programa de desenvolvimento de competências de lideranças no feminino». E sobre o entre homens e mulheres em cargos de liderança, afirmou: «Acredito muito no equilíbrio das lideranças porque a liderança e a visão é distinta e é complementar».

Gestão de Conflitos 

No último ano, cerca de 60% dos trabalhadores portugueses experienciam conflitos no local de trabalho, e as empresas podem vir a perder até 20% do trabalho devido a conflitos mal geridos.

Os dados apresentados por Inês de Mendonça Casaca, Associate Director na Randstad Portugal, servem de introdução ao tema da Gestão de Conflitos.

«Não há uma receita mágica e é um tema muito extenso», começa por referir, acrescentando que há, tendencialmente, uma imagem negativa associada à palavra conflito. Há conceitos associados ao conflito tais como: comunicação, produtividade, formação (que muitas vez é erradamente visto como a solução), diferenças culturais, imparcialidade, entre outros, sem esquecer a questão das emoções.

O facto de haver cada vez mais mulheres a integrar equipas de liderança, «veio alterar muito este tipo de situações de conflito», referiu. As mulheres têm uma capacidade natural em melhor gerir conflitos, isso é um dado adquirido.

Então, quais os principais desafios na gestão de conflito? Feedback insuficiente, falta clareza nas instruções e falta de transparência, apresenta. Para além disso,Inês de Mendonça Casaca aborda o preconceito em volta do feedback, muitas vezes encarado como crítica.

«Devemos olhar para o conflito como oportunidades de crescimento para as pessoas, as empresas e os líderes. O que implica empatia, ouvir diferentes opiniões, tentar perceber qual a origem do problema sempre com o foco na solução», refere.

E no final, a experiência do conflito serve para aprender, para prevenir situações e mesmo que não se encontre uma resolução, é preciso tomar decisões. «Temos de retirar a energia negativa do conflito e colocar a ideia de gerador de crescimento e de criação de ideias», conclui.

Listen, learn and lead 

Seguiu-se uma conversa com a participação de Inês de Mendonça Casaca, Miguel Tolentino, Head of People & Leadership and Continuous Improvement, na Sonae, e María de las Cuevas, Operations Director – Outsourcing, Quality and Risk Control Department, no Banco BPI, com a moderação de Mariana Mota, Marketing and Communications Specialist na Randstad Portugal.

Miguel Tolentino, partilhou o conceito de listen, learn and lead. Na gestão de conflitos, os líderes têm de ouvir e ser verdadeiramente curiosos, ter a mente aberta, sem preconceitos e liderar sem se demitirem do seu papel. Inês Casaca acrescenta a importância da empatia, sem fazer julgamentos, e não ter medo do silêncio. «Ter tempo para ouvir e não ter medo de tomar decisões», afirma. 

Há temas pelos quais não se devem entrar, mas María de las Cuevas, enfatiza a ideia de que «ignorar não costuma ser uma boa solução, e não vai fazer desaparecer os problemas».

O encerramento do primeiro encontro contou com as palavras de Isabel Cardoso, responsável da CIP pelo PROMOVA, que partilhou a informação que o projeto tem agora uma taxa de promoção de 53%, ou seja, mais de metade das mulheres que participam no programa são promovidas (anteriormente o valor era de 49%).

 

O principal objetivo desta iniciativa é criar um espaço acolhedor para a nossa comunidade Promova e Progrida e proporcionar a todas estas mulheres líderes um ambiente onde se possam reunir, partilhar e debater temas que são importantes nas suas jornadas de desenvolvimento. Esta parceria entre a CIP e a Randstad é uma colaboração de longa data que muito nos orgulha. Juntos, já tivemos a oportunidade de lançar várias iniciativas, como os inspiradores podcasts Promova Talks, que nos permitiram debater os desafios da liderança feminina sob diversas perspectivas e com convidados muito interessantes. Com “Inspiring Connections”, estamos ansiosas por criar novas experiências e novos debates que envolvam as participantes de maneira profunda, tornando a nossa comunidade cada vez mais ativa e dinâmica. A importância que a questão da diversidade tem tanto para a CIP como para a Randstad e a sinergia entre os nossos objetivos tornam esta colaboração quase natural. Juntos, queremos continuar a cultivar um ambiente que inspire e empodere e, ao mesmo tempo, construir uma rede forte e solidária, que celebre as conquistas e os desafios superados de todas as mulheres que fazem parte desta jornada.
Isabel Cardoso, Responsável da CIP pelo projeto Promova

A iniciativa “Promova & Randstad: Inspiring Connections” nasce de uma parceria de 5 anos entre a CIP e a Randstad. O objetivo desta iniciativa é criar um espaço de partilha e discussão sobre temas críticos e atuais para mulheres que são líderes em empresas, proporcionando momentos de partilha de experiências, aprendizagens e boas práticas que possam ser aplicadas no dia-a-dia das equipas. Ao criar estes momentos e fomentar esta troca de insights, o projeto procura não só inspirar novas abordagens de liderança, mas também fortalecer a comunidade de executivas, criando laços e redes de apoio que perduram além dos encontros.
Isabel Roseiro, Diretora Marketing da Randstad

 

Fonte: Líder