A evolução na economia no início do ano vem dar mais solidez às previsões do Banco de Portugal de um crescimento do PIB de 2,0% em 2024, apesar das perspetivas de algum abrandamento da atividade no resto do ano.
Já está disponível aqui a publicação trimestral Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao segundo trimestre de 2024, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.
Nesta edição realçamos:
- No enquadramento internacional, o primeiro corte (de 25 pontos base) nas taxas de juro referência do Banco Central Europeu (BCE), decidido em junho.
- No enquadramento nacional, o lançamento pelo Governo do programa “Acelerar a Economia”, do “Plano de Ação Para as Migrações”, bem como das decisões sobre a localização do novo aeroporto em Lisboa, nova ligação ferroviária Lisboa-Madrid e terceira travessia do Tejo.
- As preocupações levantadas pelo Banco de Portugal decorrentes do impacto orçamental de diversas medidas no contexto das novas regras orçamentais a nível europeu.
- A desaceleração do PIB, em termos homólogos, no segundo trimestre, impulsionada principalmente pelo abrandamento da procura interna, que não foi totalmente compensado pela melhoria na procura externa líquida. Ainda assim, o crescimento em cadeia aumentou ligeiramente.
- Os últimos dados do indicador coincidente do Banco de Portugal para a evolução homóloga tendencial da atividade, bem como do indicador de clima do INE, que apontam para uma desaceleração da taxa de crescimento do PIB nos próximos meses.
- A manutenção das projeções de crescimento económico do Banco de Portugal em 2,0% (em 2024) 2,3% (em 2025) e 2,2% (em 2026).
- O aumento de 11,4% do número de empresas com processos de insolvência nos primeiros seis meses de 2024.
- A menor dinâmica comercial com o exterior nos primeiros cinco meses do ano, com as exportações e importações de bens a registar uma diminuição homóloga de 0,4% e 1,9%, respetivamente.
- O aumento do excedente da balança de serviços nos primeiros cinco meses do ano, continuando a beneficiar do contributo da rubrica de Viagens e turismo, ainda que em contínua desaceleração.
- O regresso à tendência descendente das taxas Euribor, refletindo o maior otimismo do sistema financeiro quanto à evolução da condução da política monetária pelo BCE
- A evolução mais positiva do crédito total concedido aos particulares e às sociedades não financeiras, apesar da queda dos empréstimos bancários às pequenas, médias e grandes empresas.
- O aumento significativo do emprego no primeiro trimestre, em termos homólogos, permitindo a absorção do aumento da população ativa.
- Os aumentos nos principais índices de preços das matérias-primas.
- O aumento da taxa de inflação homóloga em Portugal no segundo trimestre de 2024 (apesar da correção parcial em junho).
- A depreciação da cotação média do euro face ao dólar no segundo trimestre.
- A forte melhoria do excedente da balança corrente e de capital nos cinco primeiros meses de 2024.
- A deterioração do saldo orçamental nos primeiros cinco meses do ano.