A atividade económica perdeu vigor no mês de junho, apesar da ligeira melhoria da produção industrial.

Os indicadores disponíveis do barómetro CIP/ISEG relativo a junho de 2024 sugerem uma tendência de desaceleração do crescimento homólogo da atividade económica. No entanto, apenas só no próximo mês será possível avançar uma estimativa para o crescimento do PIB no segundo trimestre. No entanto, é já possível prever que este crescimento terá um maior contributo da procura interna, por contrapartida de um menor contributo da procura externa líquida.

As incertezas quanto à evolução da economia no segundo trimestre não põem em causa a manutenção da previsão de crescimento anual avançada nos relatórios anteriores, ou seja, o intervalo de 1,5% a 2,1% de aumento do PIB com o ponto central situado nos 1,8%.

Pela positiva, a melhoria do desempenho da área da moeda única parece atualmente mais provável, mantendo-se, contudo, os riscos negativos decorrentes da situação geopolítica global. Quanto à evolução setorial, destaca-se a tendência de crescimento da produção industrial, que se aproximou dos 5% nos dois últimos meses, mas muito dependente da produção de energia elétrica. Embora a situação geral do setor pareça ter melhorado, esta melhoria foi reduzida e será lenta.

Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP: «O segundo semestre pode ter terminado com a economia em travagem, embora existam sinais importantes que devem ser sublinhados, tais como uma maior dinâmica externa e alguma recuperação interna na área industrial. Significa isto que, obviamente, temos de fazer mais e melhor neste segundo semestre. As reformas do sistema fiscal e administrativo têm de ganhar tração. E a concretização do PRR tem igualmente de manter o foco dos últimos meses para recuperarmos o tempo perdido.»

Consulte o Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ISEG de junho aqui.