Hoje celebramos o Dia do Trabalhador num contexto difícil e ameaçador. A terrível guerra na Ucrânia acelerou o movimento inflacionista pelo mundo fora. Apesar da firme resistência das empresas nacionais, já não há margem de manobra para evitar o aumento acelerado de custos junto dos consumidores. Em abril, a inflação atingiu os 7,3%, acompanhando o que já se verificara na generalidade da União Europeia.

O nosso país ainda conseguiu criar riqueza a bom ritmo neste primeiro trimestre, mas há vários países europeus em estagflação: crescimento negativo, inflação elevada e desemprego a subir.

No dia em que celebramos o 1 de Maio, a Confederação Empresarial de Portugal — CIP, considera de máxima importância evitar que o que já acontece em vários dos nossos parceiros se repita em Portugal. Empresas e trabalhadores devem estar juntos: é fundamental evitar que o emprego mantido a custo durante a fase mais aguda da pandemia seja destruído em poucos meses.

Para que isso aconteça, é preciso que todos percebam a gravidade da crise que enfrentamos, designadamente o Governo — uma crise ainda em parte submersa, mas que, se nada for feito, atingirá Portugal, os trabalhadores e as empresas.