A CIP – Confederação Empresarial de Portugal manifesta o seu pesar pela morte do empresário António Mota, líder de uma das maiores empresas portuguesas. Sob a sua liderança, a Mota-Engil tornou-se uma das mais bem sucedidas histórias de internacionalização do país.
António Mota assumia-se como “africano de coração”, numa referência à importância que Angola representou para o lançamento da Mota & Companhia, a empresa inicial do grupo que, no século XXI, se espalhou por três continentes. A Mota-Engil soma hoje negócios no petróleo no Brasil, nas minas de ouro na Arménia ou nas linhas ferroviárias de alta velocidade em Portugal. O México tornou-se na última década no maior mercado do grupo.
Presidente executivo da Mota-Engil desde 2000, António Mota acelerou o crescimento da construtora e abriu caminho à diversificação de negócios que hoje se verifica. Soube chamar quadros com provas dadas na governação do país para dinamizarem a empresa e a apoiarem na leitura das tendências de mercado, bem como na identificação de geografias emergentes.
António Mota apostou em polos estratégicos da empresa na Europa, em África e nas Américas, mas manteve a Mota-Engil como aquilo que sempre foi: uma empresa familiar, portuguesa, europeia, com sede em Lisboa. A nomeação de Carlos Mota Santos, seu sobrinho, para a liderança do grupo representou uma forma exemplar de criar futuro e de alargar horizontes para uma multinacional que hoje emprega 52 mil trabalhadores e opera em 21 países.
O modo como António Mota assumiu opções estratégicas e tornou o seu grupo mais competitivo no mercado global é, para CIP, um motivo de aplauso e uma fonte de inspiração para outras empresas.
A CIP apresenta à família de António Mota, bem como a todos os colaboradores da Mota-Engil em mais de duas dezenas de países, as suas sentidas condolências.
Fotografia: Mota-Engil



