O Presidente da CIP, António Saraiva, esteve presente na reunião de Presidentes das Organizações Empresariais Ibero-Americanas, que decorreu dia 19 de junho, em Madrid.

Este encontro teve por objetivo debater as melhores estratégias que permitam promover as reformas necessárias,para o crescimento da região ibero-americana em torno da produtividade.

António Saraiva, após receber da parte dos presentes as condolências dirigidas a Portugal, no contexto da tragédia ocorrida em Pedrógão Grande devido aos incêndios, participou no debate “Tendências emergentes nas economias ibero-americanas em 2017-2018”. A sua intervenção centrou-se em dois pontos:

  • o desafio dos mercados globais, onde o perfil e as exigências do consumidor evoluem constantemente;
  • o desafio da inovação, no quadro da transformação digital que está a revolucionar a generalidade da produção e, em particular, a indústria.

A Globalização é, segundo o Presidente da CIP, uma fonte de oportunidades e riscos, cuja resposta não pode estar no protecionismo, mas sim:

  • Em políticas mais favoráveis à competitividade industrial e à adaptabilidade das empresas;
  • Na reconversão dos setores mais vulneráveis, na sua modernização tecnológica, tornando-os menos dependentes de baixos custos salariais.
  • Na atração de novo investimento que diversifique a base industrial das regiões mais atingidas;
  • No desenvolvimento de novas competências e na requalificação profissional dos trabalhadores afetados.

Quanto ao desafio da inovação, no quadro da transformação digital da indústria, António Saraiva defende que as empresas têm de:

  • Estar informadas e abertas às oportunidades que surgem em resultado destes novos desenvolvimentos;
  • Trabalhar em conjunto com outras entidades que as poderão ajudar no processo de incorporação de todas estas novas tecnologias nos seus processos produtivos;
  • Liderar a mudança no seu seio;
  • Estar capacitadas para os investimentos que a resposta ao desafio que a inovação implica – em termos de capital e em termos de qualificações

Ao final da manhã, o documento com as conclusões – Declaração de Madrid – foi entregue a Ana Pastor, Presidente do Congresso de Deputados Espanhol. Este documento defende que os governos ibero-americanos devem redobrar os esforços junto das organizações empresariais da região no sentido de:

  1. Fomentar um ambiente nacional, regional e mundial favorável ao investimento e ao comércio-livre;
  2. Comunicar à sociedade, de forma eficaz, todos os benefícios inerentes à liberalização do comércio e do investimento;
  3. Promover a integração e a abertura da esfera comercial, contribuindo assim para o desenvolvimento e prosperidade mundial;
  4. Simplificar os procedimentos e reduzir os custos relacionados com o comércio, através do estabelecimento de políticas comerciais e de investimento, que estimulem as trocas de serviços e o comércio digital;
  5. Renovar o seu compromisso de respeitar as regras e decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC);
  6. Promover o investimento, com suficientes estímulos fiscais, mas também garantindo a segurança jurídica necessária a uma correta implementação destas políticas;
  7. Aprofundar os vários acordos comerciais entre países e regiões, a fim de expandir o crescimento económico e social, fomentando a criação de empregos e o desenvolvimento das empresas.

Neste documento, os Presidentes das Organizações Empresariais Ibero-Americanas manifestaram ainda a sua solidariedade para com a Confederação venezuelana e repudiaram a situação que se vive no país, de confronto crescente, e que põe em risco a democracia, o estado de direito, o respeito pelos direitos humanos fundamentais dos venezuelanos e o pleno exercício dos direitos civis, políticos e económicos dos empregadores e das suas organizações.

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