As empresas europeias querem fortalecer o relacionamento económico com a China, mas existem desafios sistémicos que dificultam este caminho. Com efeito, os obstáculos criados por uma economia dirigida pelo Estado como é a chinesa conduzem a distorções do mercado na China, na UE e em países terceiros.

As economias europeia e chinesa beneficiaram significativamente da adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001. Porém, a necessidade de reforma da OMC para se adaptar às novas realidades do mercado mundial, conjugada com um abrandamento das reformas chinesas em direção a uma economia de mercado conduzem a situações de desigualdade de condições de concorrência, cujo impacto tem aumentado à medida do peso crescente da China na economia mundial.

É neste contexto que a BusinessEurope, recolhendo contributos dos seus membros, incluindo da CIP, elaborou um abrangente relatório “The EU and China – Addressing the systemic challenge”, publicado hoje, dia 16 de janeiro de 2020, que constitui o documento estratégico da BusinessEurope sobre as relações económicas da UE com a China .

Para reequilibrar a relação económica UE-China, a BusinessEurope advoga a prossecução de quatro objetivos-chave por parte da UE:

  • Assegurar igualdade de condições de concorrência entre a China e a UE;
  • Mitigar o impacte das distorções de mercado induzidas pela atuação do Estado chinês;
  • Reforçar a competitividade da União Europeia;
  • Garantir concorrência leal e cooperação com países terceiros;

O relatório da BusinessEurope é bastante abrangente, cobrindo uma significativa variedade de domínios, e apresentando 130 recomendações dirigidas às autoridades da União Europeia e dos seus Estados Membros. Ver aqui o índice do relatório global e aqui o Sumário Executivo.