Já está disponível a publicação trimestral de análise de conjuntura Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao primeiro trimestre de 2019, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.

Nesta edição, realçamos:

  • No quarto trimestre de 2018, o PIB abrandou para um crescimento homólogo de 1,7% em volume.
  • Este abrandamento resultou de um contributo mais negativo das exportações líquidas, que contrariou o reforço do contributo positivo da procura interna, associado à aceleração do consumo e à acumulação de stocks.
  • O peso das exportações no PIB (intensidade exportadora) subiu para um máximo de 43,6% em 2018, ano em que se observou um máximo trimestral de 44,4% no segundo trimestre, descendo depois até 43,2% no quarto trimestre.
  • A informação mais recente sugere um ressurgimento da atividade económica no início de 2019 e nos próximos meses.
  • O Banco de Portugal reviu em baixa (-0,1 p.p.) a projeção de variação real do PIB em 2019 para 1,7%, valor que se estende quase inalterado até 2021.
  • A evolução prevista para as exportações está quase em linha com a do aumento da procura externa, traduzindo pequenos ganhos de quota de mercado.
  • O Banco de Portugal aponta para a redução gradual da subida do emprego, referindo que as dificuldades em contratar pessoal qualificado estão acima da média histórica. Prevê também uma evolução positiva do produto por trabalhador.
  • O excedente externo foi significativamente revisto em baixa, penalizado pela “progressiva deterioração da balança de bens e serviços”, que se tornará deficitária em 2020-21, “refletindo o maior dinamismo das importações face às exportações”.
  • O FMI voltou a rever em baixa a previsão de crescimento do PIB mundial, para 3,3%, em 2019 e manteve o valor de 3,6% em 2020.
  • O número de empresas com processos de insolvência teve uma queda homóloga de 11,8% em 2018, que se acentuou nos dois primeiros meses de 2019.
  • A quota de mercado das exportações nacionais nas importações mundiais de bens estabilizou em 0,347% em 2018, interrompendo a trajetória ascendente dos anos anteriores.
  • A posição de investimento direto líquido aumentou 2,3% em 2018, em comparação de final de ano, atingindo 70,5 mil M€. Contudo, a subida foi bastante inferior à registada em 2017.
  • No mercado secundário de dívida pública, a yield soberana de Portugal a 10 anos recuou para um mínimo mensal de 1,34% em março.
  • Os empréstimos do setor financeiro às sociedades não financeiras diminuíram 1,1% em 2018. Por comparação, os empréstimos do setor financeiro às famílias tiveram uma subida de 0,5% em 2018 (-1,0% na habitação e 6,4% no consumo e outros fins).
  • Registou-se, em 2018, a continuação de um desagravamento significativo do rácio de crédito vencido nos empréstimos do setor financeiro às empresas (para 9,4%).
  • No quarto trimestre, a taxa de desemprego situou-se, pelo terceiro trimestre seguido, em 6,7%.
  • O câmbio euro/dólar caiu, em março, para um mínimo de 21 meses (1,13 dólares por euro).
  • A perda homóloga de competitividade-custo foi-se atenuando ao longo de 2018 e anulou-se no quarto trimestre, devido à apreciação cada vez menor do euro e à passagem a um diferencial negativo de variação dos custos laborais unitários, a partir do terceiro trimestre.
  • Em 2018, a balança corrente registou um défice (0,6% do PIB), pela primeira vez desde 2012. A deterioração do saldo corrente só não foi maior devido ao alargamento do excedente da balança de serviços (com grande contributo do turismo). A balança de capital reforçou o excedente, permitindo que o saldo externo continuasse positivo (0,4% do PIB), embora menor que em 2017 (1,4%).
  • O INE reportou um saldo público (provisório) em 2018 de -0,5% do PIB na ótica da contabilidade nacional. A melhoria do saldo foi determinada sobretudo pelo aumento da receita fiscal e das contribuições para a segurança social.
  • O rácio da dívida pública no PIB baixou pelo segundo ano seguido, em 2018, para 121,5% (o mínimo desde 2011).

As edições anteriores podem ser consultadas aqui.